JOÃO PERES DE AVOIM
João Peres de Aboim (Aboim da Nóbrega, Vila Verde , Minho, Portugal 1213 — 15 de março de 1285) foi um nobre português, filho de Pero Ourigues da Nóbrega, senescal de D. Sancho II, e de sua esposa Maria Viegas de Ribadouro.
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Natural do Minho, acompanhou com o pai em 1230 o infante D. Afonso quando este saiu do Reino de Portugal e se instalou em França. Regressou a Portugal em 1245, com o infante, depois da deposição de D. Sancho II, vindo a ser uma das figuras de maior relevo político na época de D. Afonso III de quem foi seu valido. Foi sub-signifer de 1250 a 1255, mordomo da rainha em 1254 a 1259, mordomo-mor entre 1264 e 1279, tenente de Ponte de Lima em 1259, e de Évora ou do Alentejo de 1270 até 1284.
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João Peres de Aboim trovador
João Peres de Aboim também foi trovador, autor confirmado de 14 cantigas (9 cantigas de amigo, 1 pastorela e 3 de tenção), e autor provável de mais 6 cantigas.
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TEXTO EN ESPAÑOL - TEXTO EM PORTUGUÊS
II. Cuidades vós, meu amigo, unha ren
Vos creéis, amigo, a mi parecer,
que no me he de enojar sin razón yo
contra vos igual que vos; ¿por qué no?
Lo que creéis de mí no ha de ser,
que podré siempre enojarme yo así,
igual contra vos que vos contra mí.
Y, amigo, si acaso con vos si creéis
que no he de llegarme a enojar,
como vos conmigo, vais a pensar
mal, pues en seguida entenderéis
que podré siempre enojarme yo así,
igual contra vos que vos contra mí.
Y, si creéis que yo nunca podré
enojarme con vos cuando yo quiera,
como conmigo vos, cuando os placiera,
de todas formas yo me enojaré,
que podré siempre enojarme yo así,
igual contra vos que vos contra mí.
Mas, pues Dios a vos me dio por amigo
y a mí a vos por amiga, tiempo ha,
JOAO PERES DE AVOIM – Portugal – Poesia ibero-americana
deberéis dejar vos de creer ya
lo que creéis, porque que yo bien os digo
que podré siempre enojarme yo así,
igual contra vos que vos contra mí.
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Biografia (resumida) e poema extraído de
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Peres_de_Aboim
PASTORELA
A Pastorela Cavalgava noutro dia.
"Cavalgava noutro dia
per um caminho francês
e ũa pastor siia
cantando com outras três
pastores, e nom vos pês,
e direi-vos todavia
o que a pastor dizia
aas outras em castigo:
Nunca molher crea per amigo,
pois s'o meu foi e nom falou migo.
Pastor, nom dizedes nada,
diz ũa delas entom,
Se se foi esta vegada,
ar verrá-s'outra sazom,
e dirá-vos por que nom
falou vosc', ai bem talhada;
e é cousa mais guisada
de dizerdes com'eu digo:
Deus, ora veesse o meu amigo,
e averia gram prazer migo."
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Página publicada em novembro de 2021
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